Mestra Geisa
Começou a praticar a capoeira aos 7 anos de idade, na Associação de Capoeira Pé pro Ar. A Mestra fala que não tem palavras que possam descrever a importância que essa arte tem em sua vida, que sem ela não dá para viver. Conta que o que a capoeira trouxe de melhor na sua vida foram os valores fundamentais para a mesma se tornar um ser humano de sucesso, com suas vertentes que lhe deu uma profissão e uma unificação familiar, levando-a para um universo acadêmico onde aumentou o seu conhecimento sobre vários aspectos e trouxe um ciclo de amizade constante.
Mestra Geisa fala sobre o seu Mestre e diz que ele é um trabalhador, guerreiro, invicto, que se volta para o conhecimento da capoeira. Pra ela quem mostra o caminho para o seu crescimento é ele, também considerado um pai.
Perguntamos sobre o preconceito com as mulheres na roda de capoeira e ela respondeu que ver mais que um preconceito, ver como uma realidade que está camuflada por uma sociedade machista, onde a valorização da mulher só ocorre no momento do título.
A Associação Cultural Bahia Ginga, grupo em que treina hoje, foi fundado por ela e seus alunos mais graduados ( Kitut, Marquinhos e Parrá ) quando ela ainda era professora. Havia saído pois ela foi atrás de uma nova metodologia e um novo trabalho. Imaginando muito sobre qual nome colocar, ela pensou: Ao som do berimbau toda Bahia ginga, então ficou Bahia Ginga, que nasceu no dia 29 de outubro de 2009, onde o seu abadá tem as cores brancas, com o simbolo vermelho e azul e no centro dois jogadores um homem e uma mulher, mostrando bem a frase "igualdade para todos", lembrando e demonstrando que ambos os sexos precisam um do outro.
Estagiário Tripa
Conheça um pouco da história do estagiário
Sidnei Miranda do grupo Nascente Capoeira, conhecido na capoeira como Tripa.
Começou a praticar a capoeira com 10 anos de idade, no Grupo de Capoeira Camugerê. O Seu apelido surgiu logo após nascer, quando a sua tia e madrinha o viu no berçário e falou: nossa parece uma tripa de boi, de tão gordo. E o apelido continua até hoje. A capoeira pra ele é tudo diz que quando está gripado ela é o seu remédio. Os seus pais nem sempre apoiaram mas também nunca foram contra, apenas o limitavam um pouco. O estagiário conta que o que a capoeira lhe deu de melhor foram os amigos que cultivaram e a maturidade que tem hoje. Tripa diz que o seu mestre é uma pessoa sem igual, um ser inacreditável, pois ao mesmo tempo em que é um mestre, ele é um pai, um irmão e um amigo. Perguntamos sobre o preconceito que existe sobre as mulheres na roda de capoeira e ele respondeu que ver como uma afronta pois as mulheres lutam pelos direitos igual e vem crescendo cada vez mais. ''Tiro o meu chapéu para as mulheres, não só na capoeira, mas como em todas as atividades esportivas e não esportivas . '' - diz o estagiário. O seu grupo surgiu em 21 de maio de 2015, que por motivos pessoais, ele junto com Formando Cacheado, decidiu montar o grupo e a sua própria bandeira, para defender os seus próprios ideias
Contramestra Sereia
Começou a praticar a capoeira com 7 anos de idade, na cidade de Camaçari/BA com o Grupo de Capoeira Estrela do Céu com o Mestre Oliveira.
O seu irmão a levou para conhecer a capoeira e se gostasse ela ficava, ela então se apaixonou. Sereia conta que a capoeira mudou a sua vida, que já passou por muitos esporte mas que nada se compara, diz também que é na capoeira que ela expressa todo seu amor, que veio como lição de vida e que quando ela dar aula o seu coração pulsa de felicidade. " Eu vim das ruas, do mundo e a capoeira me ensinou a amar e dar valor, é a minha vida" - diz.
Hoje, 21 anos depois que começou a treinar, ela ainda é do mesmo grupo e com o mesmo mestre. Pra ela o seu mestre que lhe ensinou tudo é o pai que ela não teve, o seu grupo é a sua família, muito humilde e que ela carrega com orgulho.
Ela acha um absurdo o preconceito que acontece em relação as mulheres em uma roda de capoeira, contou que no grupo dela sempre organizam rodas femininas para ganhar mais espaço e mostrar que elas tem o seu valor. " Nós estamos conquistando nosso espaço."
Seu apelido de Sereia foi dado porque tem cabelos longo e é muito ousada. Sereia: Altura dos céus.
Contramestre Negão: a capoeira mudou sua vida.
Rinaldo Pereira Plácido
Começou a capoeira com 15 anos de idade, em Salvador, no Grupo de Capoeira Dobrão com Mestre Porquinho. A capoeira mudou a sua vida, ele agradece a ela por ser a pessoa que é hoje e se não fosse essa arte ele não seria Contramestre Negão, seria só Rinaldo. A mãe dele sempre concordou pois foi ela quem a colocou na capoeira, mas o pai nunca aceitou que ele treinasse porque achava coisa de malandro e nunca viu a capoeira como cultura. Atualmente faz parte do Grupo de Capoeira Maré, desde 14 de Julho de 1992, com Mestre Ministro. "Tudo que eu aprendi de vivência da vida foi graças a ele, é um Mestre que tem muito caráter, uma pessoa transparente." - diz o Contramestre.
O grupo em que treina foi fundado no dia 06 de Julho de 1992, depois que o Mestre saiu do Grupo de Capoeira Kilombolas e formou o seu grupo. Em relação ao preconceito contra as mulheres na roda de capoeira com Grupo Maré, ele diz que nunca existiu e que sempre treinaram mulheres lá, como: Risadinha, Mônica, Gunga e outras, sempre tiveram espaços de igual para igual. Ele conta que o seu apelido era pra ser foguete, mas como já existia no grupo outro capoeira com esse apelido, Mestre Beto Baraúna colocou Negão.
Estagiária Dançarina: sua história na capoeira.
Começou a treinar capoeira na comunidade de Rio das Pedras, com 10 anos de idade. A diretora da sua mãe havia dito que ela precisava arrumar alguma coisa para manter a menina ocupada porque era muito danada. Na época o grupo se chamava Grupo de Capoeira Aliança Arir, e o seu mestre era aluno do Mestre Derli. Quando o mestre dela (na época professor) se formou para professor, o grupo então passou a se chamar União das Raças. Quando a sua mãe levou ela para se inscrever ela estava roupa de menino, estilo "Hip Hop", ele então perguntou se ela fazia dança, ela respondeu que não mas adorava dançar, então surgiu esse apelido, dançarina. Ela foi evoluindo, criando responsabilidades, começou a frequentar rodas, a participar de apresentações e até nos estudos melhorou, foi então que ela nunca mais abandonou a capoeira. "Só fico triste por aqueles que não tiveram a mesma oportunidade que eu" - diz ela. Chegou uma época em sua vida que começou a pinchar muro das comunidade e se envolvendo com coisas erradas. "Mas a capoeira me mudou". Quando ela se formou na capoeira para pegar a sua primeira corda, sua mãe chorou e disse que ela não tinha conhecido seu pai, mas que de lá de cima ele estava muito feliz e contou que na Bahia ele jogava capoeira. "isso tudo me fortaleceu e me deixou mais atraido ainda pela capoeira, você tem noção disso? - conta. Ela não conheceu seu pai mas fala que ele deixou algo bom, acapoeira. Já a sua mãe nunca a proibiu de nada que envolvesse a capoeira, sempre a apoiou em tudo. "Essa foto sou eu e meu Mestre Baiano, estou com ele à 25 anos". Ela relata que ele foi o principal responsável por ela ser o que é hoje, conta que sempre foi ele que esteve no pé dela e a incentivando a nunca desistir. " Nossa, falar do meu Mestre me dá até uma alegria". Tem algo nele que me chama muito atenção, que eu vou levar para minha vida inteira e que vou copiar quando me formar Mestra, que é o carinho e o ombro amigo que ele sempre mantem e é por isso que me orgulho do meu Mestre.
Graduado Barba Ruiva: Sua vida e a capoeira
Conheça um pouco da historia do Graduado Barba Ruiva.
Nasceu em Barra Mansa no Rio de Janeiro, começou a capoeira com 17 anos de idade com o mestre Fumão, que na época era professor. Treinou mais de 3 anos com ele e teve que mudar de cidade, indo pra Minas Gerais. Lá em Minas o único grupo de capoeira que existia tinha acabado de fechar (''se me lembro bem era capoeira Cruzeiro do Sul''), e como não havia mais nenhum grupo por lá ele teve que se afastar. Voltou a praticar essa arte 10 anos depois, quando se mudou para Pindamonhangaba/SP. Diferente da antiga cidade em Minas, lá tinham muitos grupos que dava pra escolher a dedo. E ele não se identificou com nenhum devido as metodologias, filosofias e maneiras geral de como tratar seus alunos. Em um certo dia a noite, foi em uma barbearia que era do padrasto dele, chegando la encontrou um rapaz vestido com um abadá, e perguntou onde treinava e se interessou pra saber sobre o grupo. Ele foi la ver um treino e conversar com o Mestre. Aquele Mestre era um amigo do Professor antigo dele, da sua primeira academia. Treinou um mês e se afastou de novo devido a trabalho (e parecia que nada dava certo no ramo da capoeira), voltou depois de um tempo, decidido e firme a continuar. Voltou em julho e em agosto foi o batizado do grupo em que treina, em dezembro peguei a graduação na qual ja tinha conquistado no outro grupo de capoeira Associação de Capoeira Berimbau de Angola. E nesse ano (2016), devido a uma restruturação no grupo, pulou uma graduação e foi a graduado. ''Tenho um trabalho em uma escolinha particular, com crianças de 1 a 6 anos, ajudo meu mestre nas atualizações do site do grupo, entre outras responsabilidades que tenho como graduado.''
A Historia Do Contra Mestre Branco
Conheça um pouco da historia do contra-mestre
Paulo Sergio do grupo União das Raças, conhecido na capoeira como Branco.
Conte um pouco de sua historia. Onde começou e com quantos anos ?
Paulo Sergio Batista Sequeira, 33 anos, onde começou a capoeira com 3 a 4 anos de idade na escola Parque. Diz o Mestre: "Comecei na capoeira de rua e a frequentar algumas rodas, mas nunca havia treinado em uma academia. Com o passar dos anos fui crescendo e desenvolvendo. Conheci a escola Parque e foi la que comecei mesmo a jogar a verdadeira capoeira com meu mestre Odilom, quando completei 9 anos de idade.
A verdade é que a capoeira já vem de raiz, tenho irmão que frequenta a capoeira a anos, tenho um tio meu que é mestre de capoeira mas já parou de praticar essa arte, ele mora na ilha de Mar Grande e pelo o que eu fui nesse sentido. Como disse a capoeira corre no sangue, foi aí que eu comecei a gostar da capoeira, não é porque veio do meu irmão e nem de meu tio mas sim porque eu amo a capoeira desde pequeno, eu acho que eu nasci na capoeira. Sempre ia lá na Itinga, na casa das minhas primas que também praticavam a capoeira com mestre Sergio e o mestre King Kong, hoje elas pararam, então eu ficava sempre olhando toda vez que ia para casa de minha tia passar um final de semana, eu chegava na academia sentava e ficava admirando o treinamento e o jogo deles. Comecei a fazer uns movimentos la no quintal, tudo que eu via eu chegava em casa e fazia, aí nessa que eu fui começando a desenvolver um pouquinho meu jogo, fui ali jogando uma armada, uma queixada, daí pedir permissão ao mestre Sergio de la da Itinga, para eu poder começar a treinar mas nada consta, e sem compromisso comecei a jogar capoeira na rua, aqui aonde moro, ia para escola começava a fazer movimentos na escola, foi aí que comecei. Certo dia sair para me matricular no karatê ,quando de repente vir la no mural capoeira do mestre Odilom, foi ai que comecei a jogar capoeira, mas já vem de família."
A origem do apelido
Meu apelido vem da escola parque, quem me colocou esse apelido foi o grande mestre Odilom. Certa vez estava sentado no teatro, logo de primeira estavam fazendo exame para pegar corda, e de repente o mestre estava precisando de outra pessoa, e do nada ele gritou: ''ô rapaz, ô rapaz'', eu não sabia que era comigo então não olhei, daí ele gritou: ''ô branco'' e foi nessa que eu olhei e acabou ficando esse apelido.Esse "Branco" já esta conhecido no Brasil e no Mundo
Graças ao Mestre Odilom que me colocou esse apelido.
- Frase Do Contra Mestre-Branco
"Pois todos os mestres antigos morreram na pobreza, mestre Bimba, mestre Pastinha, mestre Caiçara, mestre Valdemar. E eu também estou neste meio dos mestres que morreu todos na pobreza, sabe porque ? porque eu sou favela. "
Paulo Sergio do grupo União das Raças, conhecido na capoeira como Branco.
Conte um pouco de sua historia. Onde começou e com quantos anos ?
Paulo Sergio Batista Sequeira, 33 anos, onde começou a capoeira com 3 a 4 anos de idade na escola Parque. Diz o Mestre: "Comecei na capoeira de rua e a frequentar algumas rodas, mas nunca havia treinado em uma academia. Com o passar dos anos fui crescendo e desenvolvendo. Conheci a escola Parque e foi la que comecei mesmo a jogar a verdadeira capoeira com meu mestre Odilom, quando completei 9 anos de idade.
A verdade é que a capoeira já vem de raiz, tenho irmão que frequenta a capoeira a anos, tenho um tio meu que é mestre de capoeira mas já parou de praticar essa arte, ele mora na ilha de Mar Grande e pelo o que eu fui nesse sentido. Como disse a capoeira corre no sangue, foi aí que eu comecei a gostar da capoeira, não é porque veio do meu irmão e nem de meu tio mas sim porque eu amo a capoeira desde pequeno, eu acho que eu nasci na capoeira. Sempre ia lá na Itinga, na casa das minhas primas que também praticavam a capoeira com mestre Sergio e o mestre King Kong, hoje elas pararam, então eu ficava sempre olhando toda vez que ia para casa de minha tia passar um final de semana, eu chegava na academia sentava e ficava admirando o treinamento e o jogo deles. Comecei a fazer uns movimentos la no quintal, tudo que eu via eu chegava em casa e fazia, aí nessa que eu fui começando a desenvolver um pouquinho meu jogo, fui ali jogando uma armada, uma queixada, daí pedir permissão ao mestre Sergio de la da Itinga, para eu poder começar a treinar mas nada consta, e sem compromisso comecei a jogar capoeira na rua, aqui aonde moro, ia para escola começava a fazer movimentos na escola, foi aí que comecei. Certo dia sair para me matricular no karatê ,quando de repente vir la no mural capoeira do mestre Odilom, foi ai que comecei a jogar capoeira, mas já vem de família."
A origem do apelido
Meu apelido vem da escola parque, quem me colocou esse apelido foi o grande mestre Odilom. Certa vez estava sentado no teatro, logo de primeira estavam fazendo exame para pegar corda, e de repente o mestre estava precisando de outra pessoa, e do nada ele gritou: ''ô rapaz, ô rapaz'', eu não sabia que era comigo então não olhei, daí ele gritou: ''ô branco'' e foi nessa que eu olhei e acabou ficando esse apelido.Esse "Branco" já esta conhecido no Brasil e no Mundo
Graças ao Mestre Odilom que me colocou esse apelido.
- Frase Do Contra Mestre-Branco
"Pois todos os mestres antigos morreram na pobreza, mestre Bimba, mestre Pastinha, mestre Caiçara, mestre Valdemar. E eu também estou neste meio dos mestres que morreu todos na pobreza, sabe porque ? porque eu sou favela. "
PROFESSOR SAGUIM
Conheça um pouco da historia do professor Jackson Raimundo, conhecido na capoeira como Saguim.
Nasceu na cidade de Salvador. Começou a praticar a capoeira entre 5 e 7 anos, na escola Anísio Teixeira. Logo em seguida foi treinar com o Mestre Odilom Góis no Grupo Hidro Capoeira, aonde foi apelidado de Saguim. O professor conta que com seu Mestre sempre aprendeu o fundamento e a história da capoeira e que hoje ele passa tudo para seus alunos. Tudo sempre começou com o apoio da sua família, hoje ele tem duas filhas que praticam essa arte também. Com a ajuda da capoeira também vieram outras conquistas, com o seu pensamento de adquirir melhoras, fez faculdade de Bacharelado em Educação Física pela UniJorge, onde passou por um período de estudos afastado da capoeira. Ele agradece a Deus por ter colocado a acapoeira no seu caminho e a mesma por ter escolhido. Agradece a sua família pelo apoio e aos seus orixás.
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