Manoel Alves da Silva e OlÃvia Lima. OlÃvia filha de: Alberto Cinézio de Lima e Celina Nunes de Lima. década de 60 |
Foi muito antes da abolição que os capoeiristas individualmente ou em maltas, perturbaram e aterrorizaram a sociedade carioca.
Os maltas eram usadas indiscriminadamente em rixas de polÃticos de diferentes facções. As duas principais eram os Nagôs e os Guaiamus, ele não participava de nenhuma, pois tinha uma banca de peixe e fazia segurança de pessoas ilustres e achava que atrapalharia seus negócios. Um capoeirista famoso conhecido por toda população do Rio de Janeiro foi o Manduca da Praia, homem de negócios, respondeu a 27 processos por ferimentos graves e leves, sendo absolvido em todos eles pela sua influência pessoal e de amigos.
Era pardo claro, alto, reforçado, usava barba grisalha. Sua figura inspirava temores para uns e confiança para outros. Vestia-se com decência, chapéu na cabeça, usava um relógio que era preso por uma corrente de ouro, casaco grosso e comprido que impressionava as pessoas com seu porte, usava como arma uma bengala de cana-da-Ãndia e a ele deviam respeito.
Década de 40 |
Certa vez na festa da Penha brigou com um grupo de romeiros armados de pau, ao final da briga deixou alguns inutilizados e outros estendidos no chão, entre outras brigas e confusões. Ganhava bastante dinheiro, seu trabalho era uma banca de peixe que tinha no mercado, vivia com regalias e finais de semana saÃa para as noitadas.
No entanto, o episódio que rendeu mais fama a Manduca da Praia foi uma luta com um deputado português chamado Santana, homem que se destacava por sua força e por ser exÃmio lutador de pau. Santana, tendo chegado à cidade, ouviu falar de Manduca da Praia e decidiu desafiá-lo para um combate, já que era conhecido por não recuar diante de qualquer adversário. Manduca foi o campeão, deixando Santana impressionado com sua habilidade, e conta-se que os dois saÃram abraçados e foram beber juntos, tendo tornado-se amigos a partir de então.
Morador da Cidade Nova, era capoeira por conta e risco assim disse Nulo Moraes. Manduca não participava da capoeiragem local, não recebia influência nem visitava outras rodas, pode-se dizer que ele era um malandro nato. Manduca da Praia conquistou o tÃtulo de valentão, subestimando touros bravos, que sobre os quais saltava quando era atacado.
Na freguesia de São José, regia as eleições, ditando regras e manipulando cédulas.
década de 50 |
Por volta de 1850, Manduca "iniciou sua carreira de rapaz destemido e valentão, dotado de enorme força fÃsica e "destro como uma sombra", Manduca cursou a escola de horários integral da malandragem e da valentia das ruas do Rio de Janeiro na época de perigosos capoeiras como, Mamede, Aleixo Açougueiro, Pedro Cobra, Bemtevi e Quebra Coco. Desde cedo destacou-se no uso da navalha e do punhal; no manejo do petrópolis - um comprido porrete de madeira-de-lei, companheiro inseparável dos valentões da época - na malÃcia da banda e da rasteira; e com soco, a cabeçada e o rabo de arraia tinha uma intimidade a toda prova. Tinha algo que o destacava e diferenciava de seus contemporâneos - facÃnoras, valentes e rufiões - fazendo que se tornasse uma lenda viva, e mais tarde um mito cantado e celebrado até os dias de hoje:uma inteligência fria, calculista e implacável; uma sede de poder, de status e de dinheiro; tudo isso aliado a uma visão de comerciante e de homens de negócios. Fez fama e dinheiro. Foi famoso temido e respeitado.
Ótimo site. Sempre bom saber mais sobre a capoeira e os Mestres! faz uma pesquisa sobre as músicas e toques, seria legal, forte abraço, valeu !
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